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sábado, 15 de fevereiro de 2014

'FERRUGEM E OSSO' CONTA HISTÓRIA DE PESSOAS NO LIMITE


A atriz francesa Marion Cotillard em cena de 'Ferrugem e osso', no qual interpretada uma amputada (Foto: Divulgação)A atriz francesa Marion Cotillard em cena de 'Ferrugem e osso', no qual interpretada uma amputada (Foto: Divulgação)
"Ferrugem e osso" poderia ser um dramalhão, um filme sobre como a força do amor ajuda a superar as adversidades, mas o roteiro deste longa francês, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes em 2012, é baseado em contos do canadense Craig Davidson, que, em sua obra, está mais interessado em como as pessoas lidam com as crueldades da vida. E o amor não é, necessariamente, a resposta.
No filme, estreando em São Paulo, o diretor francês Jacques Audiard ("O profeta"), que assina o roteiro com Thomas Bidegain, seu parceiro de outros trabalhos, sagazmente crê na força transformadora do amor, mas não de uma forma romântica e melosa.
Ao contrário do livro, em que os contos são independentes, Audiard cruza organicamente algumas histórias e personagens. A maior transformação é quanto ao gênero do protagonista.
Na história escrita por Davidson, trata-se de um homem. Aqui, a trama é protagonizada por uma mulher, Stéphanie, interpretada por Marion Cotillard ("Piaf – Um hino ao amor", "O Cavaleiro das Trevas Ressurge"), que se envolve amorosamente com um personagem de outro conto – no texto original, eles nem se cruzam. Trata-se de Alain (Matthias Schoenaerts), boxeador desempregado que precisa cuidar do filho de 5 anos (Armand Verdure).
Stéphanie e Alain são duas almas desesperadas e se conhecem por coincidência. Quando se veem pela primeira vez, ele é segurança numa boate, onde ela dança alegremente – é um espírito livre.
No próximo encontro, a vida da moça terá passado por uma drástica mudança, depois de um grave acidente num aquário de baleias onde trabalha. Quando, por acaso, ela encontra o telefone dele na agenda, pensa que o lutador poderá ser uma companhia.
Uma das coisas mais impressionantes em "Ferrugem e osso" são os efeitos que apagam as pernas de Marion, a partir dos joelhos. As cenas em que a personagem aparece amputada – em algumas, em roupa de banho ou até nua – comprovam como efeitos especiais podem ter uma outra função, além de apenas criar monstros ou ajudar super-heróis.
A orca que mutilou a protagonista, no entanto, não é uma baleia má, é apenas um animal seguindo os seus instintos. Dessa forma, dentro do filme, o animal serve tanto como um signo quanto catalisador. Ao contrário dela, Stéphanie e Ali são duas pessoas tentando domar seus instintos. É um processo em que buscam se reumanizar, reencontrar a dignidade que perderam ao longo do caminho.
Esse processo humanizador, no entanto, dá-se por caminhos paradoxais. Ali se envolve em lutas de rua clandestinas, das quais sai coberto de sangue, mas com algum dinheiro. Stéphanie, por sua vez, começa a acompanhar de longe, de dentro do carro, até que, com o tempo, se torna uma espécie de empresária de Ali.
A francesa Marion Cotillard não é somente uma atriz: é uma força da natureza, é capaz de qualquer coisa, seja numa biografia ("Piaf"), num blockbuster (o mais recente "Batman") ou num filme de arte. Remover as pernas digitalmente auxilia, é claro, na composição da personagem, mas é a atriz quem dimensiona o significado disso em sua interpretação, complementada pelo belga Schoenaerts.
Por fim, a direção certeira de Audiard encontra o tom preciso entre o sentimentalismo e o drama áspero sobre duas pessoas em busca da superação de suas perdas. Ainda que seus temas tenham sido abordados antes inúmeras vezes – boxe é um assunto tão caro a Hollywood que se torna uma metáfora evidente da luta pela vida –, "Ferrugem e osso" alcança uma originalidade peculiar pelo olhar que lança sobre essas pessoas.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

CRÉDITO PARA ACESSIBILIDADE AJUDARÁ DEFICIENTES A TEREM INDEPENDÊNCIA



Pesadas para o bolso como todas as reformas, obras de acessibilidade como instalação de barras, construção de rampas, alargamento de portas e nivelamento de piso fazem toda a diferença em casas onde há moradores com deficiências físicas. Elas significam independência para pessoas como o jornalista Luciano Oliveira Alves do Nascimento, 27 anos, morador do Rio de Janeiro.

Tetraplégico desde os 15 anos, quando bateu a cabeça em uma pedra, Luciano ainda não conseguiu adaptar o banheiro do apartamento onde mora com a mãe. O resultado é que precisa tomar banho fora do box e depende do auxílio dela. Graças a uma resolução aprovada na última semana pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a vida dele e de outros deficientes deve ficar mais fácil.


Uma decisão do colegiado determinou que pessoas que ganham até dez salários mínimos poderão usar microcrédito a juros baixos para fazer as mudanças necessárias nos imóveis. A linha complementa outra já existente, para adquirir bens de locomoção. “É a mesma linha de crédito, a diferença é que está ampliando o escopo”, explica o coordenador de Políticas Sociais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Arnaldo de Lima Júnior. Os recursos também vêm da mesma fonte, o limite de 2% dos depósitos à vista que os bancos devem usar para operações de microcrédito. As condições para os empréstimos já podem ser consultadas no Banco do Brasil.

Segundo Arnaldo de Lima Júnior, em tese, qualquer instituição financeira pode ofertar a nova linha, com juros até 2% ao mês. No entanto, como trabalha com subvenção econômica, o BB tem condições de oferecer juros menores, perto de 0,40% ao mês. O valor máximo para tomada de empréstimo é o mesmo do microcrédito para bens de locomoção, R$ 30 mil. O teto vale por pessoa, não por operação. Lima explica que é possível, por exemplo, financiar uma cadeira de rodas e depois fazer novo empréstimo para adaptações na casa. O prazo para pagamento é até 60 meses.

Para ter acesso aos recursos para reformas, é preciso apresentar projeto assinado por arquiteto cadastrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo.Deve ser anexado ainda relatório de responsabilidade técnica firmado pelo arquiteto, detalhando a quantidade de materiais e mão de obra necessária. Além disso, o dinheiro só será liberado para imóveis legalizados, com certidão no Cartório de Registro de Imóveis. Como encomendar o projeto arquitetônico envolve gastos, Arnaldo de Lima Júnior esclarece que é possível solicitar crédito também para financiá-lo. A apresentação do projeto é feita a posteriori e o banco pode suspender os recursos se constatar irregularidades.

Luciano do Nascimento, que orçou a reforma do banheiro de seu apartamento em R$ 10 mil, pretende recorrer ao crédito para custeá-la. “Quero colocar o piso [do banheiro] no mesmo nível do da sala, usar piso antiderrapante, substituir um batente do box por uma mini-rampa, trocar de lugar o vaso sanitário para facilitar a entrada e abaixar o nível da pia”, enumera o jornalista, que diz que planeja as adaptações há algum tempo, mas nunca teve recursos para financiá-las do próprio bolso. “A minha casa é relativamente adaptada, eu e minha mãe alargamos as portas. Mas desde que me mudei, nunca consegui tomar banho dentro do box. É um transtorno, pois molha o banheiro todo”.

Além do banheiro, Luciano tem intenção de fazer uma rampa na entrada do apartamento. Ele já havia entrado em contato com o Banco do Brasil em busca de informações sobre a linha de crédito destinada à compra de bens de locomoção. “Acabei não precisando usá-la, pois ganhei a cadeira de rodas motorizada de que precisava”, explica. Para ele, iniciativas do tipo são importantes porque o acesso a adaptações e facilidades para deficientes ainda é difícil no país. “Tudo aqui no Brasil para uma pessoa com deficiência ainda é muito caro. Temos poucos lugares vendendo produtos adaptados e muitos são importados”, comenta.

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Carolina Vasconcelos, coordenadora de Terapia Ocupacional da Associação Brasileira Beneficiente de Reabilitação (ABBR), ajuda pacientes a ganharem independência na vida doméstica, simulando a realização de tarefas em um espaço batizado de Laboratório de Atividades da Vida Diária. O espaço simula uma residência com as adaptações necessárias. Segundo ela, no entanto, frequentemente o ambiente contrasta com aquele que os deficientes têm em suas casas.

“Quando o paciente entra na instituição, a gente vê imagens da casa dele e propõe mudanças. Colocação de barras, banheiro, alargamento de portas, retirar blindex do box. Ele sai com todas as indicações. Mas muitos pacientes que a gente atende são pessoas carentes, que não têm condições financeiras de investir em uma mudança. Acho que esse crédito vai abrir muitas portas. Quando a gente consegue adequar o espaço, acabar com as barreiras arquitetônicas, promove a autonomia dessa pessoa”, opina.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

PREFEITURA BUSCA MELHORIAS PARA O TRÂNSITO DE TABIRA

REUNIÃO DETRAN 03.02.14 001
A Prefeitura de Tabira, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento, vem desenvolvendo ações voltadas à organização e disciplinamento do trânsito da cidade. Na manhã desta segunda-feira, 03, na Câmara de Vereadores, o prefeito Sebastião Dias Filho, se reuniu com a sargento Andrea Miron e o Capitão Antônio Carlos da Polícia Militar, os secretários Adeval Soares (Planejamento) e Tadeu Sampaio (Gabinete), Ataliba e Adelmo representantes da Guarda Municipal e Janaína, representante do Comitê de Prevenção de Acidentes de Moto, e Heleno Trajano, representando as Pessoas Com Deficiência de Tabira.
O encontro teve como objetivo analisar conjuntamente, os pontos estratégicos da cidade, para apresentar à equipe do DER/PE, que visitará a cidade nos dias 04 e 05, para a localização de lombadas físicas e eletrônicas.
O prefeito Sebastião Dias alegou que sua maior preocupação é pela vida das pessoas “Precisa-se urgentemente cuidar e disciplinar o trânsito de Tabira e também orientar as pessoas sobre essas questões”, declarou o prefeito.
Em julho de 2013 foi organizado o I Seminário Municipal de Trânsito, várias palestras em escolas com a distribuição de panfletos e adesivos e a presença da Guarda Municipal, bem como, a atuação da Polícia Militar
Fonte: Blog tabirahoje

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ESTELIONATÁRIOS SÃO PRESOS NA PRAÇA GONÇALO GOMES, EM TABIRA

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Geoveni do Nascimento Farias, de 31 anos, e Alexandre Rodrigues de Lima, de 33 anos, foram presos às 07h30min deste sábado (1°), após denúncia de testemunhas que os viram em atitude suspeita na Agência do Banco do Brasil, na Praça Gonçalo Gomes, em Tabira.
De acordo com o Boletim de Ocorrência 411/2014, da Polícia Militar, Geoveni e Alexandre estavam na agência oferecendo ajuda aos aposentados na hora de sacarem os seus benefícios. A Guarnição Tática chegou na agência, porém a dupla já tinha saído.
Ao fazer a ronda, os estelionatários foram localizados e com eles foram encontrados: treze cartões Ourocard, 03 celulares, sendo dois da marca LG e 01 Nokia, R$ 330,00 com Geoveni Farias e R$ 396,00 com Alexandre de Lima. A PM também aprendeu um automóvel da marca Renault/Sandero Expior, cor prata, 2013, placa OSB-2645.
A polícia ainda descobriu que contra Geovani tem mandado de prisão em aberto, expedido pelo Juiz de Direito da 5ª Vara de Arapiraca. O caso foi registrado na Delegacia Regional de Polícia Civil, em Afogados da Ingazeira, onde foram autuados em flagrante.
Fonte: http://www.tabirahoje.com.br/