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sábado, 29 de janeiro de 2011

Muita gente no lançamento do livro dos irmãos Dedé e Gonga Monteiro

Aconteceu na noite desta sexta-feira (28/01) na churrascaria do posto Nogueirão o lançamento do livro de Dedé Monteiro (Meu Quarto Baú de Rimas) e de Gonga Monteiro (Versos e Vidas). Desde o início do evento que aconteceu às 20:00, formou-se uma grande fila de pessoas que compraram um exemplar e buscavam o autógrafo dos autores. A festa também contou com outras atrações, como a apresentação do grupo BKL, poetas e outros grupos musicais. O vice prefeito de Tabira Joel Mariano, acompanhado do assessor de imprensa Dedé Rodrigues e Dejair Queiroz, esteve presente no lançamento.




Escrito Por: Joel Mariano, às 05:59

Prefeitura lança campanha "todos por uma cidade limpa"

A prefeitura de Tabira lançou na manhã deste sábado (29/01) na praça Gonçalo Gomes a campanha "todos por uma cidade limpa", movimento cujo o objetivo é conscientizar a população sobre a necessidade da colaboração de todos com o processo da limpeza pública da cidade. O evento que teve início com a participação do prefeito Dinca, do vice Joel Mariano e dos secretários na rádio Tabira FM, falando sobre o programa, contou também com a participação dos garís e margaridas que se concentraram enfrente da rádio, com o novo fardamento recebido da prefeitura, além dos equipamentos e caminhões usados no serviço da limpeza. Após a entrevista , houve uma panfletagem na área central da cidade, com o material explicativo sobre a campanha. Segundo Janine Menezes, controladora municipal, o município produz cerca de 1000 toneladas de lixo e entulho todos os meses, e gasta cerca de um milhão e duzentos mil reais anual com a limpeza pública na cidade. Temos comprovação que algumas pessoas jogam propositalmente o lixo na rua, após a passagem do carro recolhedor. Dessa forma jamais resolveremos a questão, se todos não se conscientizarem que cuidar bem da cidade é um dever de todos, disse Janine.

Garís e Margaridas com o novo fardamento

Vice prefeito fala sobre a campanha

Escrito Por: Joel Mariano, às 15:52

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reunião do CMDR com o IPA acerta distribuição de sementes para os agricultores

Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (26/01) entre o Conselho de Desenvolvimento Rural de Tabira e os técnicos do IPA Aleide Godê e Daniel Ribeiro, ficou acertado que a distribuição das sementes de milho e feijão para a sagfra 2011/2012 fornecida pelo governo do Estado , será a partir desta sexta-feira, 28 de janeiro. Cada presidente de associação levou um formulário para cadastrar os agricultores (a) que serão atendidos, após a devida entrega do cadastro no escritório local do IPA. Em média cada pessoa receberá 10 quilos de milho e oito de feijão. Este ano cerca de 1.500 quilos de feijão carioquinha (arranca) também serão distribuídos com as comunidades.


Escrito Por: Joel Mariano, às 13:13

PASSEIO NO SITIO DE DONA QUITERINHA













quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MODELOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Kica de Castro

Fotógrafa

kicadecastro@gmail.com

Esta na moda falar de inclusão social, porém, aqui no Brasil, pouco se fala de beleza e sensualidade. Muitas barreiras, pouco acesso e quase nenhuma sensibilidade. Há 7 anos desenvolvo um projeto de modelos deficientes para publicidade e agora estamos vendo alguns resultados. O que começou como auxÍlio no resgate de auto estima, hoje é uma opção no mercado de trabalho. Ser diferente também tem o seu lado belo. Abri uma agência de modelos fotográficos para pessoas com algum tipo de deficiência e faço palestra sobre como a fotografia resgata a auto estima das pessoas, com este trabalho, conseguimos recentemente uma parceria na europa, VISABLE , agência em Berlim.

Autor: edinamarcorrea@ig.com.br -

ROSINHA DA ADEFAL - ELEITA DEPUTADA FEDERAL

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) realizou, na última quinta (16/12/10), no plenário do Tribunal de Justiça de Alagoas, a diplomação dos candidatos eleitos para deputados estaduais e federais, governador e vice-governador e suplentes das coligações.

A eleita deputada federal com mais de 90 mil votos, Rosinha da Adefal, foi citada no discurso do diplomado deputado federal Renan Filho como uma das guerreiras na luta por uma Alagoas mais inclusiva. Ao receber o diploma, Rosinha o dedicou a Deus e a sua mãe que recentemente passou por procedimentos cirúrgicos e não participou da solenidade.

MARA GABRILLI CHEGA A BRASILIA PARA MELHORAR, AINDA MAIS, A VIDA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

Fonte : foconapolitica@revistafoco

Superação. Essa é a marca da trajetória de Mara Gabrilli, recém-eleita deputada Federal pelo PSDB/SP.

Com 43 anos, Mara é psicóloga e publicitária, mas seu reconhecimento em todo o país se deu pelo trabalho que realiza para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, causa que também é dela:

Mara será a primeira deputada Federal tetraplégica.

Em 1994, aos 26 anos, Mara sofreu um acidente que a deixou paralisada do pescoço para baixo. Após longo período em recuperação, incluindo seis meses respirando com a ajuda de aparelhos, ela percebeu que o fato de não andar mais não pesou tanto.

“Deixar de respirar pelos aparelhos me fez sentir livre”, afirma.

No entanto, ao retomar sua vida cotidiana, começou a sentir na pele o que era ser brasileiro com deficiência:
“faltava informação, faltava acesso, faltava muita coisa”, conta.

De lá para cá, Mara percebeu que tinha muito trabalho a fazer e decidiu começar a agir.

Fundou, em 1997, a ONG Projeto Próximo Passo (PPP), para promover pesquisas para cura de paralisias e apoiar atletas com deficiência. Uma década depois, a Organização se expandiu, tornando-se o Instituto Mara Gabrilli, e expandindo também o escopo de seu trabalho, com a implantação de projetos culturais e a disseminação do Desenho Universal.

Recentemente, a ONG lançou mais uma iniciativa, o Cadê Você, projeto que localiza e identifica pessoas com deficiência residentes nas comunidades mais carentes do Município de São Paulo, avaliando suas condições de vida por meio de visitas a domicílio.

A ideia é criar uma rede de proteção, levando informações sobre os serviços públicos existentes na cidade.

Ainda assim, atuando no terceiro setor, Mara encontrava muitas limitações impostas pelo poder público e percebeu que as transformações precisavam ser maiores.

“Senti que era preciso mudar a cidade e seus habitantes, instituindo políticas públicas para quem tem uma deficiência ou mobilidade reduzida”, diz.

E foi com esta vontade de transformar que a tucana surgiu no cenário político, como candidata a vereadora de São Paulo, pela primeira vez, em 2004. Recebeu quase 12 mil votos, que lhe garantiram a suplência da Câmara Municipal e despertaram a atenção dos políticos do partido.

Não contente, elaborou um projeto para a criação de uma Secretaria que trabalhasse em prol da pessoa com deficiência e em 2005, a convite do então prefeito José Serra, assumiu a inédita Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, o primeiro órgão executivo do País criado especialmente com esta
missão.

Em fevereiro de 2007 Mara assumiu uma cadeira na Câmara Municipal e foi reeleita vereadora em 2008 com 79.912 votos, sendo a mulher mais votada no Brasil.

Nos quatro anos como vereadora, elaborou e aprovou leis que ajudaram a modificar o cenário da pessoa com deficiência em São Paulo.

Mara tornou lei o núcleo municipal de reabilitação, aumentando esses serviços especialmente na área de saúde, com a expansão dos Núcleos Integrados de Reabilitação (NIR) e dos Núcleos Integrados de Saúde Auditiva (NISA).

Mais calçadas acessíveis foram feitas por meio do Plano Emergencial de Calçadas, lei de sua autoria.

Criou uma Central de Intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), proporcionando que pessoas com deficiência auditiva pudessem ser atendidas nas 31 subprefeituras da Cidade.

Em sua trajetória como legisladora também figura o Censo Inclusão, um mapeamento e cadastramento das pessoas com deficiência em todo o município com o objetivo de direcionar da melhor maneira as políticas públicas para a população com deficiência.

Mais do que isso, Mara afirma que “a Cidade começou a olhar com outros olhos para as pessoas com deficiência”.

Com a experiência acumulada de ajudar a melhorar a vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo, Mara decidiu expandir esse trabalho para todo o País e candidatou-se a deputada Federal, sendo eleita com 160.138 votos.

Ela afirma querer transformar ainda mais, discutindo questões como inclusão, acessibilidade e pesquisas científicas em âmbito nacional: “como vereadora esbarrava diariamente em questões de legislação nacional.

"São 30 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e é preciso aumentar a cnscientização das pessoas e realizar efetivas transformações, através de um trabalho específico nessa legislação”.

Antes mesmo de tomar posse na Câmara Federal, ela já encontra desafios, pois as instalações não são acessíveis para cadeirantes.

“Como posso exigir melhorias para as pessoas com deficiência se nem a Casa do Povo é acessível?”, questiona. “Isso tem que mudar, o preconceito tem que acabar, a começar pelo próprio Poder Público”.

Mara Gabrilli é colunista das revistas TPM (Trip Editora) e Sentidos (Escala), e do Portal Vida Mais Livre. Publicou o livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (Arx / Versar) e foi consultora do livro Vai encarar? - A Nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (Claudia Matarazzo, Melhoramentos).

Comanda o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Eldorado AM, e o Momento Terceiro Setor, na rádio Trianon AM. Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, fgurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas
Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

É FAZENDO MERDA QUE SE ADUBA A VIDA!

Já dizia um sábio chinês. Esses dias estava gravando uma entrevista na rádio, falando com um albino do interior de São Paulo, quando minhas pernas começaram a abrir, ou seja, banheiro. Não dava pra parar a conversa e tive que usar todo o meu poder de concentração pra não soltar uma bufa que vazasse no áudio. Foi foda!

Bueno, estou a menos de uma semana da primeira sessão de autógrafos do livro, tá foda a ansiedade. E, confesso que também tô com um medinho. Sei lá, incertezas, sabe? Será que vai vender? Será que a crítica vai ser positiva? Será que vai dar tudo certo? Friozinho na barriga mesmo. É muita expectativa e falta tão pouquinho...
Quase famosa, na beirola do glamour, a comédia da vida aleijada sempre me faz manter os pés, ou melhor, as rodas, no chão.
Ontem, por exemplo, fui fazer um cate para depois ir pro salão me arrumar pra gravar quando uma súbita cólica quase me derruba da cadeira e provoca uma exoneração intestinal (essa ouvi de um colega e achei ótima!) inenarrável. Saltei pro vaso que era mais baixo que a cadeira e vi que tinha dado merda mesmo. O foda é que eu não conseguia voltar pra cadeira e ainda estava no mar marrom. Bueno, chamei a equipe de resgate: minha irmã e uma amigona do trabalho. Elas não conseguiam abrir a porta por fora, o boato da aleijada cagada presa no banheiro se espalhava pelos corredores. Num ato desesperado e altruísta, minha amiga tentou entrar por baixo da porta. Cena impagável, vi umas pernas entrando, quadril e pá, trancou na barriga. Ela teve que recuar. Foram vários minutos até alguém achar uma chave de fenda e conseguir abrir a bendita porta. Aí, veio o trabalho sujo, que é melhor nem narrar. Gastei todos meus lenços umedecidos e quase destruí o bulbo olfativo das duas. Agora me diz, é ou não é comédia?!

Fonte: http://comediasdavidaaleijada.blogspot.com/2010/03/e-fazendo-merda-que-se-aduba-vida.html

sábado, 15 de janeiro de 2011

REUNIAO MENSAL DE DIRETORIA - 01/2011







sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AS 10 COISAS MAIS IMPORTANTES PARA OS BRASILEIROS.

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Em uma ação inédita com o patrocínio do banco HSBC, o Lista 10 lançou no dia 18 de agosto de 2009 uma enquete para saber quais são as coisas mais importantes para os brasileiros. Os votos foram computados ao longo de uma semana e finalmente revelados aqui.
Ao todo a enquete obteve 31.822 votos válidos. Confira o Top10:
.

1º. Ter Saúde – 14,61% (4648 votos)
2º. Curtir a Vida – 13,89% (4421 votos)
3º. Família – 12,89% (4103 votos)
4º. Ter Dinheiro – 12,84% (4085 votos)
5º. Ser bem sucedido no trabalho – 11,66% (3711 votos)
6º. Ter uma casa própria – 10,41% (3314 votos)
7º. Ficar Milionário – 8,48% (2697 votos)
8º. Casar – 6,54% (2082 votos)
9º. Ter um carro novo – 5,66% (1800 votos)
10º. Ser famoso – 3,02% (961 votos)

Total: 31.822 votos

Fonte: lista10.org

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

NANISMO

As doenças que estão associadas com altura adulta abaixo de 1,5 metro são “doenças de baixa estatura” ou "nanismos".

Do ponto de vista morfológico, existem dois grandes grupos de nanismos: os nanismos proporcionais (em que as proporções são as mesmas do indivíduo de estatura normal) e os nanismos desproporcionais (também chamados displasias esqueléticas), como a acondroplasia e a hipocondroplasia, em que há encurtamento dos membros e algumas displasias em que há acometimento severo da coluna vertebral. Ocasionalmente, o termo nanismo é aplicado somente às baixas estaturas desproporcionais.

Os dois grupos são heterogêneos e abrangem dezenas de doenças diferentes, com causas geralmente genéticas, podendo ser ou não hereditárias.

Algumas formas de baixa estatura, como o chamado nanismo hipofisário, podem ocorrer por fatores ambientais.

É possível detectar o problema antes do parto?

Durante a gravidez é possível levantar a suspeita e mesmo fazer o diagnóstico de alguns tipos de nanismo desproporcional por ultra-sonografia.

Mas o ideal é a confirmação por testes de DNA em células do líquido amniótico

. Hoje, já existem testes de DNA que permitem o diagnóstico de certeza da acondroplasia e da hipocondroplasia, que são dois nanismos mais comuns.

Algumas das displasias esqueléticas mais graves são incompatíveis com a vida extra-uterina e os bebês falecem logo após o parto.

É verdade que os anões vivem menos?

Esta generalização não está correta. Algumas formas de baixa estatura são compatíveis com uma expectativa de vida normal. Entretanto, em alguns nanismos há acometimento de outros órgãos, diretamente ou por compressões ósseas, o que pode diminuir a expectativa de vida.

A partir de quando é possível detectar o nanismo?

Alguns casos de nanismo podem ser diagnosticados no nascimento ou mesmo ainda na vida intra-uterina. Em outros casos, o nanismo só vai se manifestar mais tarde na infância.

O anão pode levar uma vida normal?

Com certeza, sim. Hoje, com aconselhamento profissional apropriado, as pessoas de baixa estatura levam uma vida praticamente normal e são representantes produtivos da sociedade.

Antes, havia mais anões; hoje, nem tanto. Há uma redução nos casos de nanismo ou uma evolução genética?

Não há evidência de uma mudança importante na freqüência dos nanismos. Talvez alguns casos do tipo recessivo possam ter ficado mais raros em decorrência de uma diminuição de casamentos consangüíneos. No passado, indivíduos de baixa estatura tinham dificuldades de adaptação na sociedade e, muitas vezes, tornavam-se artistas de circo e feiras, e, mais recentemente, de televisão e filmes. Isso talvez desse uma maior visibilidade a eles. Atualmente, a maior parte se ajusta bem ao mercado de trabalho.

Filhos de anões podem ser normais ou o gene acompanha a prole?

Certamente todos os indivíduos com nanismo podem ter filhos normais, com uma probabilidade que varia de acordo com o modo de herança da doença. Por exemplo, pacientes com acondroplasia têm uma probabilidade de 50% de terem filhos normais e de 50% de terem filhos com acondroplasia.

Nos casos de nanismo com herança recessiva, geralmente todos os filhos terão estatura normal.

Quais os avanços da genética nessa área?

SP - A genética tem avançado tremendamente nessa área em vários aspectos. Em primeiro lugar, estamos identificando os genes causadores de nanismos e desenvolvendo testes de DNA para diagnóstico de certeza. Isso facilita tremendamente o aconselhamento genético, o diagnóstico pré-natal e até o diagnóstico pré-implantação. Em segundo lugar, há perspectivas terapêuticas: por exemplo, meninas com uma forma de nanismo proporcional chamada síndrome de Turner (uma alteração cromossômica) mostram uma resposta a doses elevadas de hormônio do crescimento. Como são dezenas de tipos, o tratamento vai ser diferente em cada um, e não é possível fazer generalizações.

Sérgio Pena

Fonte: publicacoes.gene.com.br

OS ANÕES E A EXCLUSÃO SOCIAL.

Quem se encontra, hoje, fora dos padrões convencionais de beleza, estatura, peso e medidas faz parte de um grupo estigmatizado da sociedade.

Os anões, que alcançam estatura entre 70cm e 1,40m, na idade adulta, estão nesse grupo, pois sua característica preponderante é a baixa estatura. Mas não só.

Há um conjunto de fatores que caracterizam as pessoas com nanismo, que se subdividem em 200 tipos e 80 subtipos. O mais comum é o chamado Acondroplasia (leia boxe).

Caracterizam-se pela testa proeminente, área achatada acima do nariz (entre os olhos), mandíbula ressaltada e arcada dentária pequena, com sobreposição e desalinhamento dos dentes.

A principal dificuldade para esse grupo de pessoas, cuja incidência ainda não foi oficialmente levantada, é a falta de acessibilidade em ambientes, produtos e serviços de uso público, como balcões de atendimento, prateleiras em supermercados, degraus de escadas e de transportes, caixas eletrônicos, mobiliário público e doméstico em geral (mesas, cadeiras, bancos, camas, estantes, armários, etc.).

Tudo é produzido para pessoas com estatura mediana, excluindo as pessoas muito altas ou muito baixas. Outra questão vivenciada pelos anões é a falta de reconhecimento e respeito como pessoa, sendo tratados de forma infantilizada e, muitas vezes, ridicularizados.

O nanismo pode ocorrer em qualquer pessoa, mesmo sem histórico na família. Também em animais, como cães e vacas, o nanismo está presente. As causas podem ser endócrinas (distúrbios relacionados a produção de hormônio de crescimento) e também por mutação genética como é o caso da Acondroplasia.

Embora quem não tenha casos de nanismo na família possa ter filhos anões, o contrário necessariamente não é verdadeiro, ou seja, nem todo anão irá gerar filhos anões. Se os pais são anões do tipo acondroplásico, as probabilidades são de 25% ter filhos com estatura normal e de 75% ter filhos anões.

Apesar do preconceito, os anões podem ter vida social e constituir família como qualquer pessoa, sendo tanto melhor sucedido quanto maior forem a aceitação e o apoio recebidos de familiares.

Segundo o médico ortopedista João Tomazelli, especializado em Nanismo pela universidade americana John Hopkins e considerado referência brasileira na área, é possível detectar o nanismo por ultra-sonografia, a partir do 5º mês de gestação. Não é possível evitá-lo, mas é possível, em alguns casos, desenvolver estatura com tratamento à base de hormônio de crescimento ou cirurgia, porém o efeito é o de "alongamento de ossos", preservando-se outras características.

O médico destaca que a baixa estatura é preponderante, porém, menos importante, pois o menor problema deles é o tamanho. "O tamanho não nos preocupa, mas sua invisibilidade: pouco se sabe sobre eles e isso compromete sua qualidade de vida, devido ao preconceito de que são vítimas", observa.

Os anões são 10 vezes mais suscetíveis a problemas com anestesias do que as demais pessoas, em função de um quadro chamado "hipertermia maligna", uma espécie de superaquecimento do organismo, que os fazem suar muito, pois geram calor mais que outras pessoas e esse quadro pode se agravar com alguns anestésicos.

Uma anestesia raquia (na região da coluna vertebral) pode ter sérios comprometimentos, podendo inclusive levar a paralisia, segundo o médico. "Esses detalhes são pouco conhecidos pelos profissionais da saúde, aliás, existem médicos que nunca trataram de um anão na vida", observa.

Ele revela, ainda, um dado preocupante: elevado número de suicídios entre os anões. "Não raro temos notícia de um anão que se suicida, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Eles ficam escondidos e se tornam 'invisíveis' , dificultando a inclusão social", afirma.

Para melhorar a qualidade de vida é facilitar a inclusão social, Tomazelli sugere a prática de esportes de baixo impacto, como natação, musculação e hidroginástica, inclusive para o controle da obesidade. Esportes de alto impacto não são indicados porque contribuem para o desgaste das articulações, gerando dores e doenças.

ACONDROPLASIA: O TIPO MAIS COMUM DE NANISMO

A acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, pode ou não ser hereditária e ocorre por modificação genética.

Qualquer pessoa pode gerar outra com acondroplasia.

Suas principais características são: baixa estatura, braços e pernas pequenos desproporcionais ao tamanho da cabeça e comprimento do tronco.

Esse encurtamento é principalmente na parte de cima dos braços e nas coxas.

Um adulto com acondroplasia tem uma curva acentuada na parte final da espinha, que apresenta uma aparência saliente.

Suas pernas quase sempre se tornam curvas e a pessoa pode apresentar limitada movimentação dos cotovelos, que não se dobram completamente.

As mãos são pequenas e os pés, pequenos e largos. Muitas crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo extremo devido a ligamentos frouxos de algumas articulações.

Esses sinais são normalmente aparentes no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na maioria dos casos. Em geral, não há alteração intelectual.

Não parece haver ligação entre a altura dos pais e a altura a que a criança com acondroplasia vai alcançar quando adulta.

Há psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas que podem oferecer apoio. Muitas pesquisas estão sendo feitas sobre a acondroplasia e outros problemas de crescimento.

Fonte: www.ame-sp.org.br